Goodbye Solitude

"Eu vou provando o gosto amargo 

do seu doce mel"

Dia trinta de maio de dois mil e dez, foi o dia  em que eu me perdi. E você veio me acompanhar.
No início, foi válido pois estava completamente desnorteada, confusa, aflita; necessitava de respostas, mas ninguém as tinhas. Eu chorava, você me consolava, eu gritava, gemia de dor, de pavor, você me acalmava. Só que você não sabe lhe dá muito bem com o companheirismo, e você foi tomando conta de mim, assumindo minhas funções; e o pior eu deixei, estava tão vazia que achava que seria a melhor solução.
Com esse seu "preenchimento" eu consegui expressar-me melhor com as palavras, e foi nelas que encontrava conforto. Era confortativo falar de você, me tirava um peso tão grande, você não tem noção.
Mas, sabe o que não era bom? Ter você comigo. Você me fazia mal a todo tempo, me sufocava. Eu estava pior do que quando você me encontrou.
Mas, eu continuei... Eu estava conseguindo escrever e era aquilo que estava importando. Só que você depois de um certo tempo não me dava mais inspirações, VOCÊ FALHOU! E só estava trazendo sofrimentos, nada ALÉM disso.
No dia seis de maio de dois mil e onze, eu me reencontrei. Fui verdadeiramente (re)preenchida, uma alegria voltou a mim com tamanha força que eu estou em estado de (re) adaptação, mas está sendo gratificante.
Estou dando um passo de cada vez, e não indo apressadamente, atropelando tudo, como você havia me ensinado. Eu só me fudi com você. Desculpa pelo palavreado, eu retirei esse tipo de coisas do meu vocabulário, só utilizava isso quando estava com você.
Pode parando de fazer drama, de ficar jogando coisas na minha cara. Nada do que você disser agora vai me fazer mudar de ideia.
Eu não sou mau agradecida, você me trouxesse muitos males, sim, mas também não posso esquecer os benefícios que você me trouxesse. Você só teve as boas intenções das maneiras erradas. Eu vou fazê-las bons uso. Pode deixar.
Desculpa por está te abandonando, mas eu tenho que fazer a melhor escolha. E está não é você. Nem precisa pedir, eu vou me cuidar bem !

Adeus, Solidão ...

Isa Ribeiro