sábado, 22 de outubro de 2011

Unachievable


E lá estava sentada no banco daquele bosque em meio ao pôr-do-sol, o céu estava lindo, com raios de sol alaranjados e com gaivotas a voar. Você sabe né, que amo os pores-do-sol na primavera, parecem tão mais bonito, com uma doçura, uma leveza que chega até da paz em um coração aflito, como o meu.
            E o sol continuava a fazer o seu espetáculo, grandiosamente para fechar com chave de ouro antes que a lua chegasse e iluminasse toda a escuridão que estava por vim.
            E de repente ao observar o riacho que refletia os raios de sol, peixinhos pulavam para contemplar os últimos minutos do sol, eu tão dispersar, avisto do outro lado do riacho, sentando em um banco, observando o mesmo espetáculo que o sol estava a fazer, me deparo com você, tão disperso também, eu observo seus gestos, você me parece triste. Eu tenho te chamar, eu tento chamar a sua atenção para mim, mas seus fones te impedem de ouvir minha voz, tento repentinamente, mas o espetáculo do sol tirava toda a sua atenção pra ele. Este era o nosso lugar favorito, lembra? E desde o ocorrido, eu sempre vinha aqui só para lembrar de nós dois e de todos os pores-do-sol de primavera que um dia já vimos juntos.  Só que desta vez você não estava comigo, e além do mais estava inalcançável dos meus braços; tento correr em sua direção, tento correr em direção a ponte mais próxima de você, porém quando eu chego você já se foi e já estava muito distante para eu alcançar, inalcançável de mim.
            O sol já terminou seu espetáculo e se foi, e levou consigo o meu amor, a lua já está por vim, as estrelas já estão iluminando o céu perfeitamente azul, parece que mais de uma constelação veio prestigiar a lua, eu não sei o que é mais lindo, os pores-do-sol primaverais ou as noites primaverais, é tudo tão perfeitamente lindo e encantador.
            Só que no meu céu não está da mesma forma, não lua e muito menos estrelas, pois o meu céu só estava iluminado quando eu tinha você, nada mais faz sentido desde que você se foi naquele dia de outono, desde então meu dias nunca mais foram os mesmos. Você é tão inalcançável, não dá para você vim um pouco mais pra perto de mim? Eu quero tanto poder te alcançar. Esse meu amor quase impossível que vive em mim, e para você eu sou tão invisível como o ar, quem me dera se eu tivesse a mesma importância que o ar tem, eu queria poder penetrar nos seus pulmões e logo depois passar pelas a suas correntes sanguíneas e chegar ao seu coração e lá ficar para nunca mais sair.
            Eu tenho tanta vontade de te dizer que não há ninguém que possa te amar tanto quanto eu, eu quero te dizer, mas você está inalcançável demais para me ouvir. Como me dói meu amor, te ver sofrendo por quem não te faz feliz, se você soubesse que eu até morreria por ti, faria alguma diferença?
Por que você é tão inalcançável?
            Não me deixe aqui sozinha sem tua presença, preciso ao menos ouvir sua voz falando comigo, nem que seja para brigar, implicar discutir, só não fique assim tão distante.
            Quando você vai voltar? Quando vai perceber que eu estou aqui só por você? Quando vai perceber que tudo que eu sofro é simplesmente por não te ter.
Não deixe a sua gaivota aqui a voar sozinha, venha fazer-la companhia, venha protegê-la, todo mundo precisa de alguém para se sentir protegido, eu só preciso de você!

Isa Ribeiro. 

Um comentário:

  1. Exatamente, só preciso dele. Lindo demais Isa.
    postagem de um ano do Nova perspectiva agradecendo aos meus mais queridos amigos blogueiros, você está lá, corra pra ver.
    http://denovomaisumavez.blogspot.com/2011/11/um-ano-de-nova-perspectiva.html

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