sexta-feira, 1 de julho de 2011

" Todo mundo  precisa de alguém 
para se sentir protegido"
Jonathan Freitas

- Eu só queria entender porque eu não consigo te esquecer nem por um minuto. 
-  Você é louca, eu já disse. Você parece que gosta de sofrer, isso é masoquismo garota!
- Não, não é. Isso é esperança. Eu creio que ainda seremos felizes juntos. Isso não masoquismo, isso tem outro nome Luc. 
- Ah, tem? Então qual é?
- A-M-O-R, Você sabe o que é isso? Acho que não né?
- Não tenho tempo para essas coisas idiotas. 
- A única coisa idiota aqui é você! 
- Ah, não sei porque eu ainda perco meu tempo conversando com você.
- Não sabe? Pois eu sei, quer saber?
- Diz aí , dona Sabe Tudo.
- Apesar de você ter terminado comigo, você sempre arranja uma desculpa para ficar perto de mim. É para mim que você conta como foi o seu dia, é para mim que você fala sobre os seus recordes idiotas daquele jogo também idiota. É comigo que você passa horas e horas no telefone, falando daquela menina que conheceu, mas que acha que ela não é boa o bastante. " Todo mundo precisa de alguém para se sentir protegido", lembra disso? Uma vez você falou isso para mim, e é por isso que você perde o seu tempo comigo; porque por mais que você não queira, que você lute contra, é comigo, c-o-m-i-g-o que você se sente protegido.
- Definitivamente você enlouqueceu Maggie.
- Para de ser covarde Luc. Admita o que você sente pelo menos uma vez. 
- Tá, tá bom você venceu. Desde a primeira vez que eu te vi eu sabia que tinha alguma coisa diferente em você, algo que me despertou. E aquilo foi como um desafio. Eu fui me aproximando de você nas aulas de álgebra, você foi me ajudando a entender aqueles cálculos doentios, você com carinho e doçura cuidou de mim de certa forma. Você é um doce meu bem. E aquilo foi me preenchendo por dentro, até o dia que eu resolvi admitir e fui correspondido. Aqueles meses com você foram os melhores da minha vida. Só que eu achei que não tava te fazendo feliz tanto como eu tava com você. Você me ninava, me trazia café na cama, arrumava minhas coisas e eu retribuía quase sempre com crises de ciúmes e brigas. Eu estava me sentindo impotente e injusto. Você merecia algo melhor. 
- Não, não merecia não. Eu merecia você. Você é perfeito, mesmo que você não ache. Você não retribuía só com ciúmes, você retribuía com amor, o amor mais puro e sincero que eu pude receber de alguém. Não era pra você ter fugido. Mas por que sempre continuou aqui ?
- Porque todas as vezes que eu te contava sobre o que eu tinha feito, na verdade, era eu que queria saber o que tinha feito, como foi o seu dia. Porque todas as vezes que eu contava de uma menina que eu pegava, era porque eu queria saber se você tinha conhecido alguém, se estava interessada por alguém. E lembra que eu sempre falava que elas nunca eram o bastante? Era porque eu procurava nelas um pouco de você, mas nunca consegui encontrar. Você é única. A pessoa que te ter vai ter muita sorte. 
- Uau! Por essa eu não esperava. Não sei nem o que falar. 
- Não precisa falar nada minha querida Maggie, já é tarde demais para tudo isso, se eu tivesse dito antes, se eu não tivesse fugido. Talvez você ainda seria minha. 
- Não Luc, não diga isso. Nunca é tarde para o amor, para amar! E eu não seria sua. Eu sou sua, sempre pertenci a você, você sempre permaneceu aqui. Lembra que você me chamou de louca? Sim, sou loca por amor, sou louca por amar. Sou completamente louca por você. Sempre fui e sempre serei. 
- Ah, minha Maggie, eu sempre sonhei com isso. O meu único problema foi não ter percebido que o melhor para você era eu. Desculpa por ter te feito sofrer, desculpa por ter feito você me ver com todas aquelas mulheres. E obrigada por apesar de tudo, sempre me amar!
- Eu te perdoou! E não precisa agradecer por isso, eu nasci premeditada para te amar. Era o destino. Mas, sabe o que me dava forças para aguentar te ver com outra?
- Não, o quê?
- Era saber que depois que você ficasse com ela, você iria vim a minha casa, bateria na minha porta, pediria um chocolate quente, pegaria o edredom, deitaria na minha cama e assistiria uma filme comigo. Eu era a última pessoa que via você na noite. Aquilo me confortava por mais que eu não ficasse com você, eu me sentia protegida, só de você está ali comigo. 
- Que tal um chocolate quente, um filmezinho e uma dose carregada de carinhos e beijos?
- Claro, como os velhos tempos?
- Sim, para recordamos, e (re)começar uma nova vida, juntos. 
- Eu te amo tanto Luc. Obrigada por voltar.
- Maggie, eu que agradeço por nunca ter desistido de mim. Eu vou te amar para sempre. 

Enfim, eles se abraçam, se  beijam e logo depois enxugam as lágrimas e entram no carro. Ele acaricia o seu rosto, e ela sorri. E naquele momento eles souberam que seria para sempre. 

Isa Ribeiro 
19 de Junho de 2011
23h 18min

" Ah, bem que o tempo poderia passar, e que você percebesse que eu nasci para você e você nasceu para mim. Ah, você bem que poderia voltar para mim Ah, bom seria que sonhos feitos a estrelas se realizasse. Ah, bom mesmo seria se eu conseguisse te esquecer. " 
Isa Ribeiro

3 comentários:

  1. Apesar de ser um diálogo com personagens criados, senti que tem muito de ti nesse texto, Isa. Talvez seja apenas uma impressão. Bom, tendo ou não, o texto está transbordando sentimentos de uma maneira incrível. O final deu um toque de melancolia, mas concluiu com chave de ouro.
    Excelente.

    Beijos moça!

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  2. É os personagens são criados mas a história em si é um pouco verídica, pelo menos é o que eu sempre sonhei que acontecesse, mas nunca aconteceu. Obrigada Paulinho pelo carinho de sempre. Beijos!

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  3. Bem real este diálogo, bastante sentimento, muitas verdades.

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